A realização da primeira edição do Laboratório de Ação Climática em Olinda, o Lab Tempestade, chega ao final da sua atividade com entusiasmo e gostinho de “sim, debater o clima é uma urgência e não podemos e nem vamos parar agora!”
O mundo já não é o mesmo. E a mudança climática é um dos fatores mais impactantes dessa transformação. Chegamos a um ponto crítico em que precisamos compreender o quão apavorante é o aquecimento global e seus efeitos nos ecossistemas do planeta.
A temperatura média da Terra está aumentando em um ritmo alarmante e a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C se tornou uma das principais preocupações da comunidade científica. Mas o que isso significa para a vida que conhecemos? O que acontecerá quando ultrapassarmos essa marca?
Essas são perguntas fundamentais que precisamos responder. É preciso compreender o que está em jogo e agir com urgência para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Ano passado (2022), a região metropolitana do Recife presenciou um dos seus maiores pesadelos: inundações e alagamentos causados pelas intensas chuvas. O fenômeno resultou em centenas de mortes, mais de 25 mil pessoas desabrigadas e foi definido como a maior catástrofe dos últimos 50 anos. E é um problema recorrente: ano após ano só piora. Mais de 80 municípios de Pernambuco e Alagoas, além de outros municípios da região Nordeste e demais partes do Brasil, têm declarado estado de emergência por conta dos eventos climáticos.
Um estudo publicado pela World Weather Atribution (WWA) indica que a crise climática pode ter aumentado em aproximadamente 20% a intensidade das tempestades em Pernambuco, colocando a capital do estado como uma das mais afetadas pelas mudanças climáticas no Brasil. Entretanto, a gestão das cidades têm falhado na preparação para o enfrentamento de crises, agravando ainda mais a situação devido à falta de estrutura adequada e construções irregulares em áreas vulneráveis. É necessário investir em medidas de adaptação e mitigação dos impactos climáticos para evitar consequências ainda mais graves.
E pensando nisso surgiu a proposta do Laboratório de Ação Climática, realizada conjuntamente pela Global Innovation Gathering, Casa Criatura e Instituto Procomum, organização localizada na Baixada Santista que possui larga experiência na aplicação de metodologias colaborativas para a ideação de soluções a favor do “ bem comum”. Esse encontro conflui para a criação de espaços de conhecimento que colocam a comunidade e a inovação cidadã no centro de suas ações e objetivos.
Celebremos o saber comum: Lab Tempestade apresenta resultados da sua primeira edição e convida para evento de encerramento
O Lab Tempestade iniciou em março deste ano em Olinda e surpreendeu com a alta participação e interesse de pessoas e iniciativas em contribuir com soluções para as mudanças climáticas na região metropolitana do Recife. Com a chamada pública, foram recebidas 71 inscrições de pessoas de mais de 50 bairros, dentre as quais foram selecionados 30 participantes distribuídos em 5 grupos de trabalho. O objetivo de cada grupo foi desenvolver protótipos e apresentar soluções práticas para os desafios do clima.
Neste próximo sábado, 6 de maio, a partir das 9h, a Casa Criatura será o local de compartilhamento e celebração dessas realizações. O evento é aberto ao público e todas são convidadas a participar e conferir os resultados dos projetos elaborados pelos grupos de ação climática. Para garantir a presença no evento de encerramento, basta se inscrever neste link. A participação é totalmente gratuita.





Lab Tempestade Olinda: um movimento de inovação cidadã a favor do bem comum
A Casa Criatura foi uma das organizadoras da primeira edição do Laboratório de Ação Climática em Olinda. O projeto teve como objetivo promover eventos e debates sobre mudanças climáticas e acompanhar ativamente a prototipação de iniciativas fomentadas pelo laboratório. Nesta edição, as iniciativas desenvolvidas pelos participantes do projeto concentraram esforços em diversas áreas, tais como: discussão de estratégias de comunicação para situações de emergência; elaboração de dispositivos de baixo custo para proteção de bens materiais; edificação de espaços de cura e troca de saberes ancestrais nas comunidades; programa de apoio psicológico para quem atua na linha de frente dos desastres e do clima; e a necessidade de reunir informações úteis e atualizadas sobre conteúdos relacionados ao clima na região.
É importante destacar que essa ação contou com o apoio da fundação alemã Stiftung Nord-Süd-Brücken e do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha, e teve como co-realizadoras o Instituto Procomum e a Global Innovation Gathering.
Se você quiser saber mais sobre o projeto e suas iniciativas, acesse o link aqui.
Nós te aguardamos no dia 6 de maio! 🤗🤗🤗